sábado, 14 de fevereiro de 2009

Dia 7 - Hoje conheci o Chuck Norris Tuga!

Olá Diário!
Vai um franganito assado!?
Estava a brincar, querido diário! Esta semana foi uma tão grande canseira, que até me esqueci de ti (aqui esquecido na gaveta da escrivaninha, com as folhas a cheirarem a mofo). Mas olha, ao menos não cheiras a churrasco, nem ficas com o sabugo das unhas preto, do carvão. Eu já enjoei o frango e a continuar a sair todos os dias com as unhas pretas qualquer dia ainda faço a folha ao meu patrão! Não sei se aguento mais aquele emprego no “Brincalhão da Avenida”. Segunda-feira fico doente com sarampo ou varicela (ou invento uma doença qualquer)! Já sonho com coxas de frango a dançar em cima das mesas, e ainda há bocado ao jantar, em vez de pedir à minha irmã para passar a coca-cola, perguntei-lhe se queria com molho de limão ou piri-piri! Bom, mas onde é que esta conversa vai dar ao Chuck Norris, estás tu a perguntar e com razão. Na verdade, não vai lá dar (não tem nada a ver), mas eu tinha de desabafar sobre esta cena do emprego. Ora, estava eu a pensar que ia ter um fim de semana descansado, quando hoje de manhã a minha mãe (mal chegou da missa das 10h),acordou-me; pois queria que fosse ao sótão buscar o faqueiro de cerimónia. E porquê?Porque a minha prima Rosa e o seu noivo Guilhermino vieram almoçar connosco, e trazer o convite para o casamento que é no dia 1 de Agosto em Grijó de Mões, a aldeia dos meus tios, que fica lá para os lados de Viseu. Já tinha ouvido falar do Guilhermino (diziam que andava nos Comandos e tudo), mas juro que não estava nada à espera de ver o Chuck Norris sentado no sofá da minha sala. Acredita, querido diário, que para o gajo se parecer com o Chuck Norris só lhe faltava ter o mesmo nome. Quando me apertou a mão quase me desfez os ossos todos e depois aquele olhar duro e penetrante de quem só está à procura do melhor lugar para te acertar com o balázio na testa. E eu que nem fui à tropa (está bem, que foi mais por causa do estrabismo), mas também ninguém me achava vocação para a vida militar. Aliás, a única piada que eu via na mítica trilogia do “Desaparecido em Combate”, era mesmo aquelas cenas mais sangrentas quando o Chuck se punha a esvaziar os cartuchos da metralhadora nos vietnamitas, numa espécie de versão mais “soft” de um filme de terror. Por isso não te preocupes, que desta vez não me deu vontade de ir a correr ao clube de vídeo e alugar os filmes do Chuck Norris, como aconteceu daquela vez em que tive um súbito desejo de ver todos os "Kickboxer", do Van Damme. Olha, vou dormir e a ver se hoje sonho com a boazona da minha prima Rosa.
Sempre teu, Franquelin!
Texto de:António Ferreira

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